O primeiro ciclo do Rota 2030 está chegando ao fim e qual o legado deste programa para o setor automotivo e para o Brasil?
O Rota 2030 é um programa com visão de longo prazo, previsto para três ciclos de cinco anos, com objetivo de avaliar sua efetividade e promover a melhoria contínua. Por isso, iniciamos uma série de entrevistas com todos os atores envolvidos no Programa para tecer um balanço crítico, conduzido por Luiz Brant, Gerente de Inovação na Abgi Brasil, engenheiro mecânico que atuou muitos anos no setor automotivo, e especialista em Rota 2030.
Neste primeiro episódio, as especialistas Carina Leão, Diretora de Tributos e Relações Institucionais, e Paula Aguiar, Gerente de inovação, que acompanham os clientes da Abgi desde o programa Inovar-Auto, discutiram os avanços, retrocessos e aprendizados proporcionados pelo primeiro ciclo Programa Rota 2030.
Acompanhe agora pelo canal do Youtube da Abgi ou ouça pelo Spotify.
Retrospectiva
É bom lembrar que o setor começou a investir em inovação e receber incentivos fiscais, em 2006, com a Lei do Bem. Incentivo fiscal multissetorial que promove o investimento privado em PD&I. Somente em 2012, é criado um incentivo focado no setor automotivo, concedendo redução de alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Em 2018, o Rota 2030 surge com visão de desenvolvimento em 30 anos, e revisão a cada 5 anos, sendo o primeiro ciclo encerrando-se em 2023.
Tendo em vista o segundo pilar do Programa Rota 2030 que abrange às montadoras, podemos citar vários avanços promovidos pelo Programa Rota 2030:
- Inclusão de outros atores da cadeia automotiva, como autopeças.
- Fortalecimento da indústria nacional.
- Celeridade da auditoria promovendo segurança para as beneficiárias.
- Apoio no investimento de inovações mais diruptivas.
- Aproximação com ICTs, universidades e Institutos de pesquisas.
- Programas prioritários compartilhando novos conhecimentos com todo setor.
- Promoção de outras linhas de fomento para o setor.
Perspectivas
O segundo ciclo do Programa deverá ser divulgado a qualquer momento e esperamos um ciclo com maior clareza das condições de uso, mais segurança jurídica e fiscal para as empresas criando um ambiente propício ao investimento em inovação.
O maior legado do Programa foi vincular o incentivo fiscal ao investimento e inovação, incentivando o desenvolvimento de novas tecnologias, processos, garantindo veículos mais seguros, eficientes, conectados, e principalmente, mais sustentáveis.
Não há dúvidas que a temática ESG ganhará ainda mais importância no segundo ciclo do Rota 2030, indicando que a sustentabilidade não pode ser vista com uma iniciativa apartada do negócio. A inovação é o meio para atingir os compromissos e metas, e indispensável para o desenvolvimento de novos produtos e novos modelos de negócios.
Continue acompanhando os próximos episódios no qual conversaremos com as coordenadoras dos programas prioritários e empresas do setor sobre os ganhos do primeiro ciclo e expectativas para o próximo ciclo.