A inovação nas empresas é uma metodologia eficaz para que as instituições alcancem o espaço tão almejado no mundo dos negócios. A competitividade, sem dúvida, é um dos maiores motivadores para que essas saiam da sua zona de conforto e busquem meios para fomentar a pesquisa e desenvolvimento. É necessário que haja ainda, a compreensão de que a busca pela inovação deve ser constante e incessante, para que a empresa se mantenha em evolução e se distancie da obsolescência.
Os tipos de apoio para inovação
No Brasil existem diversos instrumentos de apoio financeiro aos investimentos privados na inovação, sendo esses um importante instrumento de estímulo ao desenvolvimento tecnológico e científico. No contexto de políticas de fomento à inovação para o setor produtivo, existem mecanismos indiretos e diretos.
Os mecanismos indiretos são focados na redução da carga tributária ou créditos financeiros. E os mecanismos diretos de apoio financiam iniciativas de inovação de empresas privadas de todos os portes e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) por meio da concessão de recursos financeiros, os quais são disponibilizados por meio dos órgãos de fomento nas modalidades de recursos reembolsáveis, recursos não reembolsáveis e recursos humanos.
Recursos reembolsáveis
Os recursos reembolsáveis são recursos disponibilizados na forma de empréstimo, com condições especiais e acessíveis, para empresas que apresentem capacidade de pagamento e de desenvolvimento de projetos de PD&I. As condições de financiamento, como prazos de carência e amortização e os encargos financeiros, variam de acordo com as características do projeto, da instituição tomadora de crédito e da modalidade de financiamento.
Recursos não reembolsáveis
Os recursos não reembolsáveis são aqueles onde não há exigência de devolução da quantia recebida do governo. Referem-se ao apoio financeiro às instituições públicas ou privadas para a realização de projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, bem como para realização de estudos, eventos e seminários voltados ao intercâmbio de conhecimento. As empresas que recebem recursos não reembolsáveis devem contribuir financeiramente com o projeto, na forma de contrapartida a ser definida em edital público.
Recursos humanos
Aos recursos não reembolsáveis somam-se os recursos humanos, relacionados aos programas de concessão de bolsas para estudantes, professores e pesquisadores, e tem como objetivo estimular a inserção de pesquisadores em empresas privadas, qualificar profissionais especializados na área para a execução de projetos de inovação no ambiente empresarial.
Escolhendo os mecanismos
A grande questão é: “qual é o melhor instrumento para fomentar a inovação em uma empresa?”
E a resposta é: Não existe um instrumento de fomento melhor ou pior, o que existe é o instrumento mais adequado à maturidade do negócio e da tecnologia a ser fomentada.
Por exemplo, os recursos não reembolsáveis são de extrema importância para o financiamento da inovação com baixo nível de maturidade, onde os riscos envolvidos no desenvolvimento normalmente são elevados. Também são muito bem vindos para startups, micro e pequenas empresas, já que as mesmas dispõem de capital limitado para tal fim, podendo fazer uso dos recursos para investir em seu programa de inovação enquanto desenvolvem a capacidade de gerar caixa.
Entenda mais sobre este tema no artigo TRL: Recursos financeiros por níveis de maturidade tecnológica
O grande entrave para a utilização dos recursos não reembolsáveis para fomentar a inovação em uma empresa é a imprevisibilidade na disponibilidade dos recursos, que está ligada à existência de editais públicos específicos.
Assim, empresas com negócios mais maduros podem lançar mão dos recursos reembolsáveis, que normalmente são de fluxo contínuo. Tais empresas possuem mais experiência de mercado, o que as torna aptas a realizar estudos de viabilidade financeira da nova tecnologia a ser desenvolvida, e assim assumir os riscos da capitação de recursos via empréstimos.
Diante do exposto, fica claro a necessidade de compreensão da maturidade do negócio no momento da escolha do mecanismo direto de o apoio inovação, para que os riscos assumidos na operação sejam condizentes com a realidade da empresa, independentemente do seu porte ou área de atuação.
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