Um projeto que possui um significativo esforço tecnológico deve ser resultado da geração de novos conhecimentos para a empresa e com a necessidade de pessoal especializado para a sua execução, porém não há como garantir que todo novo produto lançado por uma empresa será bem-sucedido, mas ter um processo bastante estruturado e já testado, aumenta as chances de sucesso.
O processo de criação de novos produtos é iniciado em uma nova ideia. Segundo Gilbert Churchill, uma empresa precisa de cerca de 60 ou 70 ideias para encontrar um novo produto que seja viável. As ideias podem surgir tanto dos funcionários, como da equipe de vendas e de atividades de PD&I, de fontes externas, de sugestões de clientes, de produtos dos concorrentes, de agências de publicidade e inventores.
É importante realizar uma triagem dessas ideias, selecionando principalmente as ideias que são alinhadas aos objetivos estratégicos estabelecidos pelas empresas. Assim como, desenvolver um estudo de viabilidade econômica da ideia, que consiste em uma avaliação rigorosa para aceitação do produto no mercado.
Para que a ideia possa ser analisada quanto à sua viabilidade, a empresa precisa identificar alguns aspectos importantes, como:
• Previsão de vendas: receitas advindas do novo produto.
• Projeção dos custos: necessidade de investimento inicial, custos de produção, custo de marketing etc.
Desenvolvendo o produto
Durante o desenvolvimento do produto, primeiramente são realizadas as especificações para o mesmo, detalhando os materiais e componentes do produto final, inclusive com informações de tamanho, peso e requisitos de desempenho, quando aplicável.
Muitas vezes, visando o aumento da eficiência produtiva, a equipe de PD&I desenvolve o produto juntamente com a área responsável pela produção. Churchill sugere que no estágio de conceito do processo de desenvolvimento, seja reunida uma equipe de funcionários de várias áreas, como marketing, qualidade, fabricação, compras, engenharia e financeiro. O grupo avalia as especificações e os requisitos de fabricação do produto, desenvolvendo assim um sistema mais eficiente, ao mesmo tempo em que leva o produto ao estágio de fabricação mais depressa.
Posteriormente é necessária a construção e teste de um protótipo, que é um modelo que detém todas as características técnicas e funcionais do novo produto.
A análise funcional e qualitativa do protótipo pode ser realizada em laboratório, planta piloto, ou, ainda, em um ambiente real de produção.
Aprovados os testes com o protótipo, a empresa inicia a fase de testes de mercado e de marketing. Os testes de mercado visam à aprovação do produto pelo mercado. No teste de marketing, baseado nos dados coletados nesse teste, a empresa poderá ter um embasamento maior para decidir se o produto deverá ser lançado em grande escala, quais os investimentos necessários para isso e se eles se justificam.
Lei do Bem
As empresas inovadoras podem utilizar a Lei do Bem como forma de apoiar na redução dos custos de PD&I.
É importante diferenciar as atividades rotineiras das atividades de PD&I com possibilidade de serem beneficiadas pela Lei do Bem.
Por exemplo, a fase de viabilidade econômica apesar de ter o objetivo de fornecer informações que auxiliem a empresa na tomada de decisão quanto ao projeto, não é considerada atividade de PD&I para fins dos incentivos fiscais. Enquanto na fase de testes, ainda pode ocorrer ajustes no produto ou no processo de fabricação, nesse caso, estas atividades poderiam ser beneficiadas.
Para entender melhor como avaliar as atividades segundo a Lei do Bem, sugerimos o e-book “Como saber se minha empresa realiza atividades de P&DI”. E se ainda restar dúvidas, solicite um diagnóstico completo para nossa equipe de especialistas em inovação.