
Setor de mineração se apoia na inovação, mas utiliza pouco dos incentivos da Lei do Bem
Para manter a intensa produção e resultados do setor, as empresas precisam utilizar toda as formas de apoio
Nesta entrevista, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (ABEIFA), José Luiz Gandini, fala sobre o novo Programa do Governo, o Rota 2030 – Mobilidade e Logística, para o setor automotivo, e faz um balanço de como foi o Inovar-Auto, programa que se encerra no fim do ano. Atualmente, a ABEIFA é formada pelas marcas Aston Martin, BMW, BYD, Chery, Ferrari, Geely, Hafei, JAC Motors, Jaguar, Jinbei, Kia Motors, Lamborghini, Land Rover, Lifan, Maserati, Mini, Porsche, Rolls Royce, Suzuki e Volvo.
A principal mudança é a isonomia entre os veículos aqui fabricados e os veículos importados. Além disso, a possibilidade de termos previsibilidade na política industrial do setor automotivo brasileiro. Lembrando sempre que o imposto de importação de 35% já é um “pênalti” para o nosso setor.
Obviamente o nosso setor não terá a comercialização de volumes similar aos de 2011. Devemos fechar o ano de 2017 com vendas totais de 27 mil. E projetamos alcançar 40 mil unidades em 2018. De todo modo, os veículos importados terão preços mais competitivos, em especial em nichos de mercado.
Não teremos benefícios. Teremos isonomia, fator preponderante para o nosso setor.
O setor de importação de veículos automotores sempre será para complementar o portfólio de produtos da fabricação local. Nenhum país do mundo consegue produzir tudo até porque a escala de produção é determinante para se montar um fábrica. Nesse sentido, os veículos importados sempre serão uma referência de tecnologia, de motorização, de design e, principalmente, balizadores de preços finais ao consumidor. Certamente, o nosso setor auxiliará a indústria local a se modernizar.
O Brasil tem uma vocação inequívoca para os biocombustíveis. Por outro lado, entendemos que a propulsão elétrica não pode ser descartada. Trata-se de uma tendência mundial. Mas não haverá escala de produção que justifique fabricação maciça de veículos eletrificados. Por isso, os importadores terão uma oportunidade de trazer veículos elétricos e contribuir no acompanhamento dessa tecnologia.
Como ocorreu no início da abertura do mercado em 1990, o nosso setor pode sim contribuir muito com essas evoluções disruptivas. Porém, veículos autônomos, conectividade e mobilidade dependem de infraestrutura, geralmente sob responsabilidade do Estado.
Ao setor de veículos importados, o aprendizado deixado pelo Inovar-Auto não foi salutar. Tratou-se de uma medida protecionista à indústria local.
Graduado em Administração de Empresas, pela PUC Minas Gerais, José Luiz Gandini, 60 anos é presidente da ABEIFA – Associação Brasileira de Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores e também é presidente da Kia Motors e atua na área de construção civil e locação de imóveis industriais.
Para manter a intensa produção e resultados do setor, as empresas precisam utilizar toda as formas de apoio
Leia o artigo para tirar suas dúvidas sobre a Lei de Informática, conhecer boas práticas para descrições de projetos e conferir recomendações de investimentos em P&D.
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