Negócios com propósito: o que estamos construindo para o futuro?

Seu negócio é capaz de criar impacto positivo, de amenizar os problemas sociais e/ou ambientais?
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Você já parou para pensar se seu negócio tem propósito? Ele é capaz de criar impacto positivo, de amenizar os problemas sociais e/ou ambientais? Você realmente trabalha com pessoas que têm valores similares ao seu ou da empresa?

Manter um negócio inovador, que seja rentável, com poder de crescimento e que ainda contribua para um impacto positivo na sociedade, pode ser o sonho de muitos. Quando falamos em negócios com propósito, o propósito quer dizer basicamente, qual a contribuição determinada empresa está gerando para o mundo.

A ascensão com sucesso das Organizações Hibridas, ou Empresas B, empresas com características de ONG, podendo ter fins lucrativos ou não, é um sinal que nosso modelo econômico atual está insustentável.

Apesar desse modelo estar mais comum nos Estados Unidos, Europa, Ásia e na América Latina, há pouco tempo que o tema vem sendo discutido mais amplamente no Brasil. Todas essas transformações de consciência já têm atingido o setor corporativo de alguma forma, e tem feito com que grandes empresas procurem mudar suas práticas para aliar lucro e propósito. Já estamos observando alianças e parcerias com startups, empreendedores sociais, e a academia, discutindo e buscando soluções (tecnológica ou não) para melhorar os problemas relevantes da sociedade: pobreza, doenças, poluição, além das diversas questões ligadas ao meio ambiente.

Gustavo Mamão, grande estudioso sobre o tema, nos ensina que negócios com propósitos se expressam em três diferentes níveis: (1) produto honesto – é o que é; (2) como é feito um produto importa – muito; (3) como o ganho é compartilhado importa.

Isso quer dizer que o produto em si deve trazer um benefício intrínseco, além de ser autêntico. E ainda, é primordial que o processo produtivo tenha premissas socioambientais, ou até mesmo sustentáveis. Por fim, é importante também que haja o compartilhamento dos ganhos do negócio com fornecedores, funcionários e clientes, por meio de uma postura empreendedora que reforce o “ganhar dinheiro” como consequência. Ou seja, existe a apropriação do ganho pelos empreendedores, mas com transbordo aos diferentes públicos do negócio.

No Brasil, cito como exemplo, a Rizoflora Biotecnologia, que por mais de 10 anos teve Gustavo como CEO. A empresa que iniciou sua trajetória como startup de base tecnológica, criada dentro da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, é resultado de 20 anos de pesquisa. A empresa desenvolveu uma tecnologia inovadora, que soluciona um problema da indústria, fazendo o bem ao longo de toda a cadeia de produtores e consumidores.

A Rizoflora apoia para que produtores rurais colham os melhores resultados com manejo consciente, produzindo bioinceticidas 100% biológicos, feito com alta concentração de clamidósporos do fungo Pochonia chlamydosporia, que cuida das condições do solo e do desenvolvimento sustentável das plantações.

Vejo a Rizoflora, como exemplo clássico de negócio com propósito que teve a inovação, ciência e tecnologia como pontos chaves para determinação do seu produto e modelo de atuação.

Nesse sentido, entendo que a inovação pode ser configurar um dos elementos e direcionadores para definição e formatação de um negócio com propósito.

Acredito que não exista fórmula exata para definir o propósito. Acho que é um exercício de apreciar o entorno, olhar para fora, enxergar de verdade as necessidades do outro, o cenário em que todos nós vivemos e visualizar oportunidades, indo além dos ganhos econômicos sem qualquer reflexão, tendo a inovação como dos alicerces para apoiar essa estratégia.

E para você, o que inovação tem haver com propósito?

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