Passado mais de meio século das primeiras ações governamentais, com a elaboração do Manual de Frascati pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a atual conjuntura de recessão na economia global volta a reforçar a necessidade de investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
Diversos países possuem mecanismos de apoio a P&D como estratégia de desenvolvimento econômico e social. A política de incentivos fiscais a tais atividades é um destes mecanismos e pode variar de acordo com a conjuntura histórica e econômica de cada país.
Ao utilizar esta estratégia, os países permitem que empresas diminuam os riscos econômicos ao investirem em inovações de produtos ou processos, criando assim um ambiente favorável para que tenham acesso a novos mercados e clientes, aperfeiçoem seus processos de P&D, criem e protejam suas propriedades intelectuais e se tornem mais competitivos e sustentáveis.
Mas, afinal, como os países têm fomentado a inovação? Para responder a esta pergunta a Inventta+bgi/ABGI realizou uma extensa pesquisa sobre as políticas de incentivos e investimentos de dez países: África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, China, Colômbia, Estados Unidos, França, Irlanda e Reino Unido.
O resultado deste trabalho está compilado no artigo Incentivos Fiscais Internacionais para Pesquisa e Desenvolvimento: “Esta é a primeira publicação em português sobre o tema, direcionada as empresas que possuem ou tenham o interesse em realizar atividades de P&D no exterior. Há também a possibilidade de comparação entre os incentivos internacionais com o modelo brasileiro”, explica a especialista em recursos para inovação da Inventta+bgi/ABGI, Maria Carolina Rocha.
Segundo Maria Carolina Nogueira Rocha, como critério de análise buscou-se selecionar países representativos em cada continente de forma a ter uma visão mais ampla e global das políticas de incentivos fiscais.