Green Bonds e a Inovação no Brasil

Inúmeros instrumentos de fomento estão disponíveis para subsidiar projetos com cunho inovativo.
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O investimento em inovações baseados em novas tecnologias, pode gerar riscos financeiros e em grande parte dos casos, as empresas não estão dispostas a correr estes riscos. Neste momento, é trazido à tona o fomento à inovação, sendo uma ferramenta de grande importância para a sustentabilidade das mesmas, bem como para o desenvolvimento tecnológico.

Inúmeros instrumentos de fomento à Inovação, com diversos formatos, estão disponíveis para subsidiar projetos com cunho inovativo. Estamos falando de incentivos fiscais e incentivos financeiros, que podem ser subsídios a projetos de pesquisa, financiamento via fundos financeiros, compras do setor público ou política de atração de Investimento Externo Direto em atividades intensivas em P&D. Estes investimentos em inovação (e infraestrutura) são condições necessárias para o crescimento econômico e para o desenvolvimento das nações. É importante destacar que “Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação” é o Objetivo 9, dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são 17 metas globais estabelecidas pela ONU, e fazem parte da Agenda 2030. Estes objetivos possuem um conjunto total de 169 alvos, e abrangem questões de cunho social e econômico, incluindo pobreza, fome, saúde, educação, aquecimento global, igualdade de gênero, água, saneamento, energia, urbanização, meio ambiente e justiça social. Assim, podemos entender o quão importante é o investimento em projetos voltados à Inovação e Sustentabilidade, afim de contribuir no cumprimento ao Objetivo 9.

Green Bonds

Neste sentido, observamos que está cada vez mais em alta assuntos voltados ao meio ambiente, e com isso, observamos um crescimento, por exemplo, na emissão de Green Bonds, os Títulos Verdes (títulos de dívida usados para captar recursos com o propósito de implantar ou refinanciar projetos e compra de ativos capazes de trazer benefícios ao meio ambiente ou ainda contribuir para amenizar os efeitos das mudanças climáticas). Em 2019, houve um crescimento de seis vezes a emissão destes títulos em relação a 2018, no mercado brasileiro, de acordo com o monitoramento da Climate Bonds Initiative, organização internacional sem fins lucrativos, que possui como um de seus objetivos o desenvolvimento do mercado de títulos verdes.

Considerando a América Latina e o Caribe, é possível observar que o Brasil emite 41% das emissões de títulos verdes, de acordo com o documento “Oportunidades de Investimento em Infraestrutura Verde”, disponibilizado pela CBI em 2019.

Analisando os Green Bonds, percebemos que além do benefício ambiental, estes têm apresentado retornos positivos para os emissores. Apesar de estarmos falando de condições equiparáveis aos demais títulos existentes, por ser um investimento vinculado a projetos sustentáveis se torna um atrativo para os investidores, que estão cada vez mais comprometidos com esse tipo de projeto.

No Brasil, o maior potencial de emissão de Green Bonds está no agronegócio, setor florestal e de energia, além de existir também oportunidades voltadas à infraestrutura, como no setor de transporte, construção civil e saneamento.

Autora:

Jade Furiati é graduanda em Ciências Contábeis pela Unicesumar. Na ABGI, atua em projetos de Lei do Bem, sendo responsável pela parte financeira da metodologia, que consiste em classificar os dispêndios dos projetos de inovação e calcular o valor do benefício.

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