O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) divulgou, no fim de dezembro, o relatório anual da utilização dos incentivos fiscais à inovação tecnológica. Os dados de 2011 revelam um crescimento de aproximadamente 10% no número de empresas que enviaram formulários ao MCTI, como já havia adiantado Pedro Sacramento em entrevista ao Radar Inovação, em setembro. No último ano, 962 empresas declararam ter usufruído de incentivos fiscais, ante 875 em 2010. Ao todo, 767 foram classificadas após verificação do MCTI das informações prestadas nos formulários.
Mantendo uma tendência dos anos anteriores, as empresas do setor de mecânica e transportes representaram a maior parte desse total, com 154 empresas classificadas. Os setores de química, eletroeletrônica e alimentos também tiveram destaque.
Apesar do crescimento do número de empresas participantes da Lei do Bem no ano passado, houve uma redução de quase 20% no valor total investido em P,D&I. Enquanto o relatório de 2011 apontou R$ 6,84 bilhões, em 2010 esse valor atingiu R$8,62 bilhões.
Para Bruna Soly, analista da Inventta+bgi/ABGI, essa queda se justifica por duas razões. “Tivemos o cenário econômico mundial ruim, que afetou os investimentos no país, e a promulgação da Instrução Normativa n.º 1.187, que detalhou quais dispêndios poderiam ser enquadrados na Lei do Bem”, explica.
Repetindo anos anteriores, a Inventta+bgi/ABGI produziu uma análise do relatório, em que apresenta os principais dados disponibilizados pelo MCTI e as possíveis conclusões que podem ser extraídas deles.
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O impacto dos mecanismos
Buscando entender a visão das empresas sobre as políticas públicas de apoio financeiro à inovação, a Inventta+bgi e a Fundação Dom Cabral, uma das maiores escolas de negócios do mundo, estão realizando uma pesquisa online com várias empresas brasileiras. E você também pode participar.
A contribuição dos leitores do Radar Inovação é importante para consolidar o ambiente de inovação no Brasil e tentar interferir ativamente nas políticas públicas de apoio à inovação, com base em dados reais.
A pesquisa aborda três grandes temas: Gestão da inovação na empresa, Uso dos incentivos fiscais e Captação de recursos à inovação.
As respostas são confidenciais e, após a consolidação dos dados, todos os respondentes receberão o relatório final sem qualquer custo. Além disso, a análise das informações será apresentada no evento CRI Minas, que será realizado no dia 16 de maio, pela FDC.
O questionário pode ser acessado aqui.