Centro de P&D, ICT ou Hub de Inovação e a possibilidade de recursos financeiros

Qual melhor modelo para investir? Cada modelo possui suas vantagens que precisam ser analisadas cuidadosamente
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Time multidisciplinar e especializado em recursos financeiros para inovação, processos e ferramentas.

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Qual a essência de uma área de inovação? 

Os conceitos acerca de open innovation, tem alcançado um espaço cada vez maior entre as empresas, especialmente, daquelas que se preocupam com assuntos como, possíveis tendências mundiais, informações sobre concorrência, consumidores em potencial, novos desafios ou inovações tecnológicas.  

O Aumento de demanda e oferta em inovação traz desafios e complexidades que vem impulsionando as empresas na busca por soluções para seus gaps tecnológicos, recursos humanos, investimentos financeiros, infraestrutura e equipamentos para o sucesso no desenvolvimento de seus projetos.  

A inovação aberta tem se mostrado um caminho para a promoção de parcerias entre multiagentes e recursos que se propõe a ampliar e fortalecer o ecossistema de inovação. Esse modelo reconhece e pode conferir um movimento mais ágil na corrida por soluções tecnológicas de ponta, agregar profissionais de excelência, em alguns casos laboratórios de última geração e inclusive um orçamento mais enxuto nas atividades inovativas. 

Nesse sentido as unidades de informação e inovação como agentes transformadores e atuantes, sejam elas na configuração de centro de pesquisa, hub de Inovação, associações, incubadoras de empresas, parques tecnológicos, empresas inovadoras, núcleos de inovação tecnológica, fundações e outros, assumem um papel de conexão em meio ao mercado de inovação. Em outras palavras, esses são ambientes projetados para construir e desenvolver com excelência, projetos inovadores de diversos níveis, além de fomentar o encontro entre partícipes e atores que contribuem no processo de P&D. 

Reflexões sobre esse setor 

Sabe-se ainda que existem muitas dúvidas e pontos a serem melhorados nesse universo, elementos como: um planejamento estratégico pouco robusto, ou baixa assertividade operacional, pode inclusive significar a criação de produção inútil, modelo de gestão ultrapassado ou até atrasos no atendimento ao cliente final.  

Considerando o exposto, pode-se notar a importância da realização de uma reflexão sobre quais são os propósitos e missões de uma instituição que gera informação. Essa medida pode antever situações complexas e mapear um bom planejamento que inclua tendências e vertentes das mais variadas ordens, minimizando o envelhecimento precoce da organização, por exemplo. Isso serve para organizações que ainda não foram instituídas, mas também para as que já estão em funcionamento. 

Fonte: ABGI Brasil

Um primeiro balizador seria compreender de forma clara quais são os propósitos e limitadores de cada um dos perfis jurídicos dessas organizações, pois cada definição institucional planejada atende a uma função. A seguir, elencamos três das várias possibilidades, veja: 

  • Instituto de Ciência e Tecnologia – ICT: Corresponde a um órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta, ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos. Foco em execução de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico.
  • Centro de Pesquisa e Desenvolvimento – Centro de P&D: Estrutura relacionada à pessoa jurídica com fins lucrativos, com foco em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, podendo ser estruturada juridicamente como uma nova pessoa jurídica, como uma extensão de uma empresa existente (filial) ou até mesmo como uma área ou departamento.
  • Hub de Inovação: Configura-se como em um ponto focal para reunir empresas nascentes de base tecnológica com alto potencial de crescimento (startups), médias e grandes empresas e potenciais investidores, para geração de negócios. Pode ser estruturado sob a forma de nova pessoa jurídica (Associação ou Fundação sem fins lucrativos) ou sob a forma de “feiras de inovação”.  

 Quais são as vantagens? 

Considerando de forma simplificada, os modelos de Open Innovation, temos: 

  • Inovação inbound – Foco na prospecção de conhecimento e aprendizado fora da organização mapeando o que ocorre no ambiente externo afim de encontrar soluções que possam ser internalizadas. 
  • Inovação Outbound – Quando a organização investe esforços em sua estrutura de inovação e no desenvolvimento de um ativo e disponibiliza o resultado a um parceiro que dará sua contribuição e levará a solução ao mercado. 
  • Coupled Open Innovation Foco em uma solução integrada possibilitada por meio de cooperação de multiagentes integrando também, quando necessário, as demais formas de cooperação citadas a cima (Inovação inbound e Inovação Outbound). 

Observando as possibilidades formatadas a partir da ideia de inovação aberta, uma das formas de reduzir os custos dos investimentos em PD&I, são os incentivos fiscais que amortizam parte do imposto devido ao governo pelas empresas. A Lei do Bem, por exemplo é um incentivo fiscal que busca minimizar os riscos inerentes a inovação e inclusive beneficia por meio do abatimento de imposto de renda os dispêndios voltados a serviços de terceiros pagos a ICTs. Já a Lei de informática traz a necessidade de investimento em instituições de pesquisa por parte das empresas que ultrapassem um faturamento de R$30 milhões sobre produtos credenciados para benefício. Além desses existem também ações específicas que beneficiam diretamente organizações de pesquisa.  

Algumas considerações

Sabemos dos grandes desafios contidos na dinâmica de ser uma empresa inovadora, aliar-se ou mesmo formatar uma unidade de inovação ou informação pode ser uma maneira de facilitar e desvendar as complexidades inerentes aos caminhos da inovação. 

A ABGI em suas atividades, possuí um amplo know how, para auxiliar e apoiar as empresas que almejam estruturar uma organização com propósito de desenvolver PD&I, além de vasto conhecimento sobre incentivos fiscais para projetos de inovação e impacto. Podemos ajudá-los a compreender qual o modelo que mais se adequa as demandas e estratégias de inovação da sua empresa. Caso você ainda tenha dúvidas se esse é um caminho possível, temos também um workshop focado em esclarecer as regras e obrigatoriedades inerentes a cada um desses modelos.  

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Janaína Lemos é formada em Ciências Sociais pela PUC Campinas e mestre em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas pela Universidade Estadual de Campinas, na ABGI, atua no desenvolvimento de novos negócios junto a empresas inovadoras, apoiando na captação de projetos de incentivos fiscais à pesquisa, desenvolvimento e  inovação tecnológica.

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