BNDES anuncia plano de ação emergencial COVID-19

Medidas emergenciais para mitigar os efeitos da pandemia na economia e na sociedade brasileira
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Neste domingo (22/03), o BNDES anunciou em transmissão ao vivo novas quatro medidas transversais para injetar uma liquidez de R$ 55 bilhões no sistema financeiro brasileiro, planejada ao longo da última semana em paralelo com a revolução tecnológica implementada no banco para viabilizar a operação da instituição com 100% dos funcionários remotos. 

Principais pontos da discussão

Importante citar que medidas setoriais serão anunciadas a partir de amanhã, para setores que ainda serão definidos pelo governo brasileiro como prioritários. São esperadas medidas para o setor aéreo, turismo e restaurantes. Não houve pronunciamento específico para produtos direcionados às atividades de inovação. 

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, ressaltou, mais de uma vez, para ter cautela ao comparar este momento com a crise brasileira de 2014 e imobiliária de 2008, uma vez que estas tiveram epicentro financeiro e, no momento, vivemos uma crise com epicentro diretamente relacionado à saúde, “onde a segunda derivada é a economia” – diz Montezano.

Como estratégia geral, o pedido do banco é que o mercado financeiro brasileiro tenha mais apetite ao risco. É necessário ampliação de fundos garantidores, agentes que proporcionam segurança as operações financeiras, com vistas a  facilitar o fluxo financeiro, tomando mais riscos em conjunto. O aumento destes agentes será crucial neste momento em que o problema não é a liquidez, pelo menos para o BNDES. 

Por fim, Montezano afirma que em 2019 o BNDES disponibilizou R$ 60 bilhões durante todo o ano, e para este momento emergencial serão R$ 55 bilhões disponíveis com liquidez para a economia brasileira, com perspectiva de aumentar a caso seja necessário. 

A transmissão oficial e completa pode ser visualizada pelo link > https://www.youtube.com/watch?v=j3rxk9BzHbY

As quatros medidas anunciadas

  • 1ª – R$ 20 bilhões em transferências de recursos do Fundo PIS-PASEP para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 

A medidas visa a apoiar o trabalhador diretamente com a possibilidade de novos saques do FGTS. Este recurso será operado pelo ministério da economia.

  • 2ª – R$ 19 bilhões na suspensão temporária de pagamentos de parcelas de financiamentos diretos para empresas.

Grandes empresas que têm operações diretas com o banco, terão opção de refinanciar os juros (standstill), além de 6 meses sem pagar juros e principais que serão somados no saldo devedor.

  • 3ª – R$ 11 bilhões para a suspensão temporária de pagamentos de parcelas de financiamentos indiretos para empresas. 

Isto é, refinanciamento para empresas com operações realizadas por intermediários do banco. A interrupção deverá ser negociada com o agente financeiro que concedeu o financiamento. O prazo total do crédito será mantido e não haverá a incidência de juros de mora durante o período de suspensão.

  • 4ª – R$ 5 bilhões para a ampliação do crédito para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), por meio dos bancos parceiros.

Para as operações indiretas com foco nas pequenas empresas, haverá a flexibilidade para a não apresentação da CND.

A linha “BNDES Crédito Pequenas Empresas” passará a contemplar desde microempresas até aquelas com faturamento anual de até R$ 300 milhões. O limite de crédito por beneficiário por ano será elevado de R$ 10 milhões para R$ 70 milhões, colaborando com a necessidade de capital de giro. As empresas terão 24 meses de carência e cinco anos de prazo total para pagar esses novos financiamentos.

Conclusão

Dessa forma, o BNDES oferecerá crédito rápido, ágil e flexível para as empresas de todos os portes, por meio da rede de atendimento de seus agentes financeiros credenciados.

O BNDES afirmou ainda que há possibilidade e liquidez de caixa para lançar novos produtos e que serão observadas as necessidades com cautela e os produtos serão lançados após segurança operacional garantida.

A ABGI também espera medidas de apoio à pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos pelas empresas (independente do porte) sejam fortalecidas, visto a importância da inovação para retomada da competitividade das empresas e do país.

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