Análise de dados aplicada à gestão da inovação

Listamos as principais fases em que os dados contribuem para construir e avaliar as estratégias de inovação
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É bem conhecido que a ciência de dados pode contribuir muito para o planejamento e a efetividade dos programas de inovação, traduzindo-se em ganhos de competitividade e abertura de novos mercados para as empresas. Mas na prática, como a leitura e interpretação dos dados corretos pode impulsionar a inovação nas empresas?

Podemos responder a esta pergunta, dividindo o processo de gestão da inovação em três macro fases:

  • Planejamento;
  • Execução; e
  • Avaliação dos indicadores.

A seguir, gostaria de dar atenção a cada uma destas fases.

 

Planejamento

Na fase de Planejamento, a análise de dados pode contribuir em pelo menos dois pontos. Primeiro na certificação de que o programa de inovação proposto, enquanto portifólio de projetos, está aderente às estratégias futuras de negócio da empresa. Assim, dados de mercado, e principalmente, dados relacionados às novas tendências tecnológicas do setor, podem contribuir nessa análise. Por exemplo, a abertura de novos mercados pode acontecer por meio de investimentos na pesquisa e desenvolvimento de diferentes tecnologias. Investir em tecnologias de tendência, ou naquelas de maior maturidade, pode incorrer em menores riscos; ao passo que investir em tecnologias contra tendência ou com menor maturidade, aumentam os riscos, mas podem se transfigurar em um diferencial competitivo muito maior no longo prazo.

Neste sentido, buscas nas bases de dados de patentes depositadas e/ou concedidas no mundo sobre determinado assunto, permitem analisar quão disruptivo é o uso de determinada tecnologia, ou mesmo sua maturidade, avaliando se os depositantes são universidades, centros de pesquisa ou empresas privadas. Atualmente, não é raro observar grandes grupos econômicos alterarem completamente seus planos de longo prazo, a partir de pesquisas e análise de dados de tendências tecnológicas, muitas vezes executados por consultorias especializadas.

Um segundo tópico importante, ainda na fase de Planejamento, está relacionado ao levantamento dos recursos necessários para execução dos projetos de inovação. Em termos financeiros, sabe-se que as fontes de fomento públicas têm preferência por incentivar determinadas temáticas, associadas às políticas econômicas do estado. Como exemplo, recentemente é notório o aumento de fomentos e incentivos para projetos de inovação relacionados à temática da sustentabilidade (energias alternativas, redução de emissões e resíduos, recuperação de áreas degradadas, etc.).

Portanto, o acesso a estas bases de dados de fomento (como o Radar de Inovação e ESG da Abgi) podem redirecionar o programa de projetos de inovação de uma empresa, que passam a levar em conta incentivos capazes de viabilizar o desenvolvimento de novas tecnologias que antes seriam proibitivos com o uso exclusivo de capital próprio.

 

Execução

Avançando do Planejamento para a Execução, é importante recordar que a gestão de programas ou de projetos de inovação, é bem mais desafiadora do que a gestão de projetos tradicionais. A imprevisibilidade inerente, em menor ou maior grau, na maioria dos projetos de inovação, traz consigo a necessidade de acompanhar outros KPIs além das curvas de custo ou acompanhamento de cronogramas.

Em especial, destaca-se a importância da criação de indicadores relacionados à gestão de riscos e à gestão de mudanças, sendo estes últimos ainda mais críticos para projetos e/ou programas de longo prazo. Para estes, pode ser interessante manter a coleta e análise de dados realizada na etapa anterior de Planejamento, buscando validar ou reajustar a rota de desenvolvimento com base no acompanhamento da trajetória das tendências tecnológicas previstas.

A definição correta e a coleta desses indicadores ao longo da execução dos projetos/programas de inovação serão fundamentais para a geração de dados preciosos a serem utilizados na etapa subsequente.

 

Avaliação de indicadores

Finalmente, na etapa de Avaliação de indicadores, será possível realizar um diagnóstico preciso da efetividade dos programas de inovação, antes mesmo destes se desdobrarem em ganhos de competitividade e abertura de novos negócios para a empresa.

Na realidade, a análise dos dados coletados nas fases anteriores de Planejamento e Execução, permitirá construir as estratégias de desenvolvimento tecnológico para o próximo ciclo, com base nas lições extraídas da leitura crítica dos indicadores.

A análise dos dados poderá responder a questões como:

  • Quais os principais motivos para as mudanças de escopo ocorridas durante o projeto (falta de capacitação técnica da equipe, necessidade de alinhamento com as tendências do setor, mitigação de riscos)?
  • Os riscos do projeto poderiam ter sido mitigados a partir do uso de fontes de fomento?
  • Os atrasos no cronograma de execução poderiam ter sido evitados com parcerias estratégicas com outros entes do ecossistema de inovação (Universidades, ICTs, Startups, etc.)?
  • A forma de apuração e a categoria dos dispêndios do projeto, facilitam/habilitam a obtenção de incentivos financeiros indiretos (como Lei do Bem, ou Lei da Informática)?

Obter as respostas e estas e outros perguntas, com base na análise dos dados da gestão dos projetos, permitirá a empresa avançar na sua maturidade tecnológica e estratégica, e assim, se beneficiar cada vez mais de seus investimentos em inovação.

Sua empresa já alinhou a gestão de dados à gestão da inovação? Ou ainda está gerindo pelo “feeling”?

Acreditamos que bons gestores de inovação conseguem gerar maior impacto com os dados corretos em mãos. Por isso, o time de Transformação Digital da Abgi Brasil se empenha em desenvolver ferramentas alinhadas ao cenário de inovação das empresas.

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